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Arquivo mensal: julho 2013

Entremeio (aqui entre duas coisas)

Todo dia faço e desfaço minha mala
De manhã quando acordo planejo meu retorno
Mas passado o meio dia, me acostumo mais com este lugar

Eu me mudo e fico igual e nem sei mais quem eu sou
Cada dia a saudade fica mais irresistível
Mas minha nova terra me apega a cada dia com mais força

E cada dia viajo muitos quilômetros por dentro da minha cabeça
Num trem imaginário, pra lá e pra cá
Viagem sem fim entre o guarda-roupas e a mala
E nesse entremeio está o meu mundo.

longo trecho em declive

 
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Publicado por em 27 de julho de 2013 em Guerra dos Sexos, Porta Retrato, Pseudo Cult

 

R$1,00 ou Um conto/real

   Hoje, como qualquer dia típico, acordei ciente de minha primeira atividade de todos os dias: Desligar o alarme do despertador de meu smartphone. Naturalmente, já percebo avisos de dois e-mail’s no Hotmail, um no Gmail, todos prováveis spam’s, e uma chamada não-atendida. Chamada não-atendida? E lá vou eu averiguar quem havia me ligado durante a madrugada, às três e pouco da matina. O primeiro choque do dia: Número desconhecido! Um mix de inconformismo, desconfiança e paranóia sempre me leva a discar para o número desconhecido, na leda esperança de que aquele número esteja salvo na memória e, assim, o mistério seja resolvido. Mas como já era de se esperar, não estava salvo nem na memória do smartphone, nem em minha memória, nem em memória alguma!

   A irrelevância de algumas informações puseram-se à vã tentativa de abrandar minha curiosidade. O prefixo discado indicava a mesma localidade onde eu me encontrava. Os primeiros dígitos do número discado evidenciava a operadora, coincidentemente a mesma que a minha. O caso é: Mas e daí? Nada disso esclarecia bulhufas! E diante desse tipo de ocasião que minha mente começa a fervilhar em pensamentos dos mais diversos possível! Bastava uma fagulha e o estar desperto!

   “Alguém pode ter morrido!”. Como desgraça pouca é bobagem, e notícia ruim geralmente vem em momentos inoportunos, esta primeira probabilidade me pareceu um tanto sensata. Numa madrugada de quarta-feira… Não recordo de qualquer aniversário, despedida de solteiro, feriado ou qualquer situação de celebração, motivo para estender a noite de terça e varar a madrugada da quarta, portanto, as chances de algum amigo ter espatifado o carro num poste ou capotado diversas vezes na Paralela, tornavam-se minoritárias nesse concurso. Quiçá, então, algum parente – e se o for, que seja algum detestável e que esteja merecendo o próprio inferno! – que estivesse internado num hospital, sendo observado em alguma UTI, ou acamado em algum leito particular… Mas não. Não havia notícia de ninguém da minha família em qualquer hospital, nestes últimos meses. Situação descartada! Um desfecho para o mistério que me perturbava se mostrava cada vez mais próximo, pelo cerco que eu montava.

   Fugindo um pouco do mérito da tragédia, passei a investigar a possibilidade de uma ligação-surpresa. Ainda que enquadrada dentro do cenário da surpresa, um amigo não iria me ligar às três e pouco da madruga, apenas para papear, dar bom dia ou coisa parecida. Poderia, então, ser uma mulher… Que tal alguma ex-namorada, saudosa e imersa em nostalgias românticas… Esta possibilidade, ainda que remota, mostrava-se possível, ainda mais quando se tem em registro a experiência antiga de eventos similares. Quem sabe aquele grande amor, um dia a mulher de minha vida (que acabou não sendo da minha, mas sim da de outro), que encontrou o meu número naquela antiga agenda, ou naquele velho caderno, ou esqueceu de deletar do cartão SIM, e ao re-encontrá-lo, passou a reviver as lembranças de um passado já remoto, que talhou sua alma de momentos ditos perfeitos, em que o amor era palavra séria e honesta, e felicidade emanava do peito para os demais órgãos, num piscar de olhos, num silêncio desconcertante, ou na delícia de um beijo carinhoso, demorado, em que a alma poderia descansar em paz, sempre, pra sempre… E decidiu ligar naquela hora, no meio da madrugada, movida por alguma impulsividade insana de querer ouvir minha voz e dizer tudo o que não havia dito, ainda que tudo parecesse já ter sido dito, mas… Mas como não houve uma resposta imediata, desistiu de insistir da sequência de toques de chamada, e desligou… Não. Não poderia ser ela. Ela se casou, teve filhinha, vive a vida conjugal que pediu a Deus (imagino..), e não teria motivos para lembrar da minha existência, e acaso lembrasse, teria buscado um número de telefone que abandonei há anos, e meu novo número ela não possui. Às três da manhã ela não investigaria amigos e amigas em comum, atrás de meu número atual. Isso é coisa de filme romântico e nunca aconteceria comigo na vida real. Muito esforço por/para mim? Só minha mãe, ao me parir. Consideração patética esta. E mais: Ela me escreveria um e-mail. A depender do meu comportamento em resposta, ela me ligaria. Mas não me ligaria assim, diretamente… “A vida não é um filme, você não entendeu?” (Paralamas do Sucesso). Próxima!

   A espetacular personal trainer da vizinha-gorda-velha. Sempre que vou fazer minha uma-hora de corrida e elas estão lá, a personal sempre me recebe com um “bom dia! tudo bom?”, acompanhado de um sorriso que é um sonho à parte. Aquele sorriso não podia ser apenas do seu jeito simpático… Ela deve ter perguntado sobre mim para Reinaldo, um dos porteiros daqui do prédio, e ainda descobriu o número de meu celular através dele, deve ter feito ainda um levantamento de meu perfil, através de uma simples busca no Facebook, e decidiu me surpreender numa madrugada de quarta-feira. Não, impossível. Sempre que sonhei acordado, em meio à minha corrida na esteira da academia do meu prédio, fui trazido à realidade ao perceber aquela imensa e brilhante aliança em seu dedo anelar da mão direita. Então sim, garota simpática ela. Não viaja, cara!

   Bem, ontem à noite fiz uma reclamação na página oficial da Halls, no Facebook, queixando-me a respeito do trabalho que estava sendo (literalmente) descascar o papel da bala! Em menos de meia-hora, responderam-me exatamente assim: “nós gostaríamos de conversar com você para entendermos melhor o que aconteceu, tudo bem?! Pode nos informar seu telefone de contato por mensagem privada?(basta clicar na opção ‘mensagem’ abaixo da foto de capa da fan Page)“. Bem, eu mandei o número de meu celular. Mas duvido, DUVIDO, du-vi-dê-ó-dó, que eles tenham me ligado em meio à madrugada para que eu prestasse algum esclarecimento. E se por um acaso do destino, tenham realmente sido eles, nunca mais compro um Halls na vida! Melhor descartar também essa possibilidade.

   Para que ficar apertando meu pobre juízo, já maltratado por tantas possibilidades, possíveis ou não, na tentativa de descobrir quem havia me ligado àquela hora da madrugada? Que tal, simplesmente, retornar a ligação e resolver o mistério? Chegamos, finalmente, ao “W” da questão (porque o “X” já está manjado demais!): Outro dia travei uma saudável discussão sobre meu pensamento que repousou sobre as palavras de um primo meu. “(…) o impossível acontece”. Relutei chatamente que, se é impossível, não acontece de jeito nenhum! Acaso viesse a acontecer, é porque é possível e apenas ainda não havia acontecido… mas se impossível fosse, não tinha jeito: não aconteceria jamais (por ser impossível)! Da mesma forma, sempre “bati o martelo” naquele pensamento de que, se tudo fosse perfeito, seria perfeito e ponto final! Essa história de que não teria graça, de que tudo se tornaria chato, e et cetera et al, sempre disse ser papo de quem não consegue aceitar aquilo que não conhece e nem conseguirá conhecer e, portanto, vai negar a perfeição dos fatos. Se é perfeito, então perfeito é, ora bolas!

   E foi exatamente por isso que não liguei de volta para aquele número desconhecido. Por conta do mistério! Assim que eu ligasse e descobrisse, não haveria mais mistério algum. E a simples existência do mistério moveu um “mundo” inteiro! Por conta dele, fui levado a pensar em amigos acidentados, parentes mortos, paixão antiga melancólica, a simpática personal trainer, a vizinha-gorda-velha, o RH da Halls… Todo mundo envolvido no mundo fantasioso da minha cabeça! Viagem gratuita, ida e volta! E assim, essa minha mente às vezes patética, às vezes paranóica, vai trabalhando e moldando situações fantasiosas que recheiam meu angustiado consciente.

   Pois bem! Não descobriria a quem pertence aquele número, tinha algumas possibilidades (absurdas ou não) a serem consideradas, mas me permito logo à realidade dos fatos: Estava quase entrando no limite permitido para que eu pudesse chegar à tempo no trabalho. E por este exato motivo, decidi pôr os pés no chão, em ambos os sentidos, e determinar finalmente que aquela ligação, no meio da madrugada desta quarta-feira, foi um mero engano. E assim, sigo o meu dia, meu dia-a-dia, considerando sonho como sonho, realidade como realidade, fantasia como fantasia, tudo em seu devido lugar, no caos que é a própria vida.

 
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Publicado por em 24 de julho de 2013 em Porta Retrato

 

A lua

“A nossa lua passeando em minha terra,
Prateando toda a terra, aumentou minha paixão…
Não disse nada, foi-se embora à madrugada
Sua ausência deixou triste o meu coração…”

lua piritiba interior

 
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Publicado por em 23 de julho de 2013 em Licença Poética

 

Luminoso de iluminado!

Gilberto Gil - Gil Luminoso (1999)

Gilberto Gil – Gil Luminoso (1999)

Bom dia, pessoal! Houve um tempo que eu vivia esperando a chance de escutar meus artistas prediletos (ou bandas) tocando seus instrumentos, sem acompanhamento, num clima bastante intimista mesmo. Pouco tempo depois, começaram a surgir os “acústicos”. Mas com o tempo, estes “acústicos” nem pareciam ser o que se propunham, ou se propuseram… Por sorte, alguns artistas ainda têm a finésse de realizar um “voz e violão”, trazendo a beleza instrumental do instrumento solo para nossos ouvidos e corações. Dentre estes, Gilberto Gil é ainda aquele que remanesce no topo do que considero música-de-qualidade e ainda lança álbuns ao vivo, no formato “voz e violão”. Gil Luminoso é um álbum de 1999, e que não é ao vivo, mas em estúdio, e que nos apresenta toda espiritualidade, genialidade poética e musical, em músicas que marcaram toda sua carreira artística.

Por sorte minha, Gil abre o álbum com a música É preciso aprender a só ser, gravada originalmente em 1973, e que faz uma crítica poética à música É preciso aprender a ser só, um samba-canção de Marcos e Paulo Sérgio Valle, quando diz: “E quando escutar um samba-canção, assim como ‘Eu preciso aprender a ser só’, reagir e ouvir o coração responder: Eu preciso aprender a só ser!“. Perceba-a!

Mas esta é apenas a primeira de todas as boas e belas composições impressas no álbum. Ainda encontramos registradas na obra as inesquecíveis Super-homem, Metáfora, Aqui e agora, Tempo rei, entre outras. São, ao todo, quinze faixas que somam uma hora e dois minutos de beleza sonora! Uma hora de primeira audição! As subsequentes ficam a encargo da hipnose em que cada um possa se encontrar. rs. Recomendadíssimo!

Até mais, e até breve!

Link para Gil Luminoso: http://www.mediafire.com/?n92el901tqn1lt9

 
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Publicado por em 22 de julho de 2013 em Musicalizando

 

Gigante olhar castanho

Image

Corria com o olhar esperto, pulava em minhas costas
e me perguntava se estava mais pesada
Trazia sempre um riso alegre

Trocava comigo mensagens, pequenos erros no que escrevia
Mas não se contia… Tinha muito pra dizer
Mesmo que em Faz de conta

E nos teus olhos gigante me via
Refletido em brilho castanho
… E agora, já estou pesada ?

Thalles Nathan 17/07/13

 
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Publicado por em 17 de julho de 2013 em Licença Poética

 

Amigos Joselitos

Sempre que me falta assunto, vem alguma história da infância/adolescência que me dá vontade de contar. E é o que vou fazer.

Eu juro que tenho quase uma completa inocência. Geralmente sou inocente. Sério. Não é maldade. Sou considerado o “bom garoto”, que toda mamãe quer como genro. Mas às vezes as coisas saem do controle (como o fogo de um post passado).

Toda viagem de adolescente, sempre aparece um sem-noção que suja a cara de alguém de pasta, esconde as coisas dos outros, tranca outro no quarto, etc…

Mas sabe quando as pessoas insistem em não sair da infância? Eu não acho que seja desses… ainda guardo um pouco de noção. Menos quando outra pessoa sem-noção faz coisas sem-noção pra cima de mim.

Numa destas viagens, com a galera da qual o sem-noção faz parte, nós saímos pela noite pra tomar umas, comer qualquer besteira, reconhecer o ambiente hostil, etc… “Terra alheia, pisa no chão devagar…”

Nisto, “Jão-sem-noção” encontrou um amigo (ele sempre encontrava algum conhecido em todo lugar que íamos) e se separou da galera, o que levou “Zé-sem-noção” ao ápice do ciúme e desejo de vingança (alok).
Zé-sem-noção elaborou um plano maligno contra Jão e nos incluiu nisso.
Como na turma dos sem-noção ou você se omite, ou você se corrompe ou você vai pra guerra, eu preferi me omitir (mesmo sabendo os riscos que estaria correndo).

A idéia de Zé era: “que tal jogar o xampu do Jão fora e colocar água oxigenada com bastante amônia no lugar?”.
Mas como era necessário sol e muito tempo, resolveram mudar para um “estimulante sexual” na bebida. Como também não acharam, resolveram usar um laxante. O que, para eles, deveria ser algo bem engraçado.
E lá se foram à farmácia. Com uma menina fingindo dor.

Compraram o laxante tradicional, muito mais forte e muito mais barato. O farmacêutico disse que 2 era mais do que suficiente para se aliviar sem fronteiras. Os sem-noção compraram 5.
No churras do dia seguinte, todos estavam apreensivos com algum mole de Jão para que eles conseguissem colocar o plano em prática.

Enquanto ele ia dar umas roubadas na carne mal-passada, quase crua (coisa de sem-noção), o pessoal triturava os comprimidos e jogava no copo. Cada roubada na carne era uma mexidinha no copo.
Depois do churrasco, baba! E o efeito veio rápido. Nem chegamos ao campo e ele: “Car@Lh#! Preciso ir ali!”

O pior é que tínhamos combinado uma saída noturna e o efeito não passava! Como era uma pizzaria, ele topou ir, mesmo com dor de barriga.
Depois do primeiro pedaço, ele foi pro banheiro. Os caras todos rindo e as meninas já achando que a brincadeira já tinha passado dos limites.
Mas ele voltou rápido. Tão rápido que a galera ficou aliviada achando que o efeito já tinha acabado.
Mas aí ele falou:

– Cara, não tem como cagar nesse banheiro. A privada NÃO TEM PORTA! Quem tá mijando consegue ver quem tá cagando!

Meu rosto já doía de tanto rir. Ele dizia tudo isso na maior altura, no meio da pizzaria. Ele não queria passar vergonha sozinho. Mas tínhamos uma pizza para terminar e ele não podia esperar. Correu pro banheiro e… CARALHOOOOOO ele fez ali mesmo!!!

Depois, ao voltar pra casa, todos ficaram com medo de dormir pela vingança do Jão. E ele passou a madrugada indo ao banheiro de hora em hora…

Hoje a pizzaria é um bar. E o nome.. bem:

bar do cagão

 
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Publicado por em 17 de julho de 2013 em Chuta que é Macumba, Mundo cão, Pior é na Guerra

 

O mais ouvido de 2013 (por enquanto…)

Sublime - Sublime (1996)

Sublime – Sublime (1996)

Boa tarde, pessoas! Confesso que muitas vezes é estranho, outras é chato mesmo, fazer um julgamento antecipado como este que propus. Mas o caso é que este álbum veio me surpreender década e meia praticamente, depois de sua existência. Eu conhecia o hit Santeria, achava até legalzinho, mas dava pouca bola para o conjunto da obra. Bem, há poucas semanas, atendendo à curiosidade latente que pairou sobre meus olhos ao escolher algo para ouvir na minha ida a Porto de Sauípe, pus o álbum e peguei a Linha Verde. Nossa! Trilha sonora perfeita! Sim, outros tantos poderiam me satisfazer, mas o caso é que este veio muito bem a calhar na ida, na volta, nestes últimos dias pela cidade, na academia, nas compras no mercado, et cetera. O álbum Sublime, de 1996, foi lançado, embora o vocalista Bradley Nowell tenha morrido de overdose de heroína logo em seguida… Uma pena! Mas o registro valeu! Muito ska-rock-reggae-dub pra quem gosta. Para quem não conhece, é uma ótima pedida para descobrir um som californiano divertido!

Até mais, rapeizi!

Link para Sublimehttp://www.mediafire.com/download/17dhmc6b73423n3/SS96.rar

 
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Publicado por em 17 de julho de 2013 em Guerra dos Sexos

 

Bonzinho x%

Escrevo porque é preciso saber que ninguém é 100% bonzinho… e que as pessoas não só podem, como devem exigir de seus companheiros, maridos e namorados um pouquinho de emoção, tesão e aventura. Só não concordo quando sou eu o cobrado rsrs
Eu sou pacato, não vivo de gente, de roda de amigos, bebidas coloridas, de barulho… sou do silêncio, do estar sozinho, do sentir a cama só minha e meus pensamentos fluírem, brisando… mas também tenho muita história pra contar…

O amor precisa de dúvidas. Amor sem dúvida gera uma situação desconfortável, pelo excesso de conforto.
O fator emoção, o fator aventura e o fator tesão podem ser traduzidos de várias formas e não demandam grandes detalhamentos.
Pelo menos não neste horário.

Por isso, a maneira ideal de ser bonzinho é não ser bonzinho por inteiro.
O bonzinho-completo pode ser doce, mas é sem emoção.
Pode dar mil flores, em mil e um buquês, falar tudo o que elas gostam de escutar, e ainda assim será sem graça!
Não sabe apimentar os encontros, não diz as coisas erradas nas horas certas… nem nas erradas, ele é bonzinho demais…
Pode até pagar as contas, sendo essa uma vantagem, mas a mulher que o escolhe, nem ela mesma se engana: está predestinada ao desgosto.

O bonzinho-em-parte sabe que o tédio é um inimigo constante e luta contra isso!
O bonzinho-em-parte sai à noite com os amigos, mas conta para a amada no dia seguinte.
Sai e é paquerado por nenhuma, ou por todas, mas nem dá bola.
Olha em volta e enxerga belos decotes, retaguardas interessantes (por que mentir?), mas retorna apaixonado à sua pequena.

O cafajeste-100% não somente admira, tenta uma escapadinha. E, talvez, nem volte, nem avise, nem se importe.
O bonzinho-completo não sai, fica em casa vendo Zorra Total e agradecendo a Deus por ter uma mulher dos seus sonhos ao seu lado.
O bonzinho-em-parte sai, vai para a farra, mas volta agradecendo a Deus por ter a mulher que tem, convencido de que melhor não há.

O cafajeste-100% é o que machuca, o que pisa, com ou sem coturno. Quase um canalha.
O bonzinho-completo é o que entedia, cansa, com ou sem bombons.
O bonzinho-em-parte é o que sabe seguir o roteiro de “Teresinha” de Chico, sempre Chico: “Foi chegando sorrateiro e, antes que eu dissesse não, se instalou feito um posseiro dentro do meu coração”

Falta aprender, agora, como fazer isso.
Você saberá ser bonzinho na medida certa?
O bonzinho aprenderá a ser cafa, e o cafa aprenderá a ser bonzinho?

 
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Publicado por em 10 de julho de 2013 em Guerra dos Sexos