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Arquivo mensal: julho 2015

Vrah

Hoje é recheado de música.
Pra ler ouvindo:

Um fora, um toco, um pé na bunda. Poucas coisas são tão corriqueiras e ao mesmo tempo tão absurdas. Muito difícil de aceitar. Mas não exatamente fácil de dar.

Como resolver o problema? E o pior, será que é um problema?

Não dizer a verdade, ou melhor, mentir. Acho que esta é a melhor e pior maneira de sair pela tangente. Salvar o que pode ter restado de sua reputação com @ parceir@. A pessoa parece estar envolvida, apegada, apaixonada… e você está querendo outra pessoa, ou outras pessoas… ou até ninguém mesmo. Todo mundo menos a pessoa que está com você.

O pior é o quanto isso pode parecer cruel. E a gente morre de medo da reação do outro. Quando a gente diz o clássico “o problema não é você, sou eu.”, não é querendo ser mais humano, não é solidariedade, nem altruísmo ou bondade. A pessoa ofende dizendo que não quer ofender, mas na verdade quer se soltar mantendo o outro preso.

Mas, as desculpas existem porque dizer um simples “não” é tarefa complicada. Implica em escolher, e toda escolha implica em ganhar e perder. É muito difícil deixar claro o desinteresse pel@ parceir@. É uma sinceridade que os humanos praticamente não conseguem ter. E o que acabamos fazendo é arrumar desculpas cada vez mais esfarrapadas ou adiar o problema até que se torne tão insustentável que se resolva sozinho (“é a sua indiferença que me mata”, já dizia Mirosmar). E é aí que moram as questões mal resolvidas.

Quanto mais envolvimento existiu na relação, mais cuidado devemos ter no seu fim. Dependendo da intensidade da relação e da forma que foi seu término, uma separação pode durar até anos para ser assimilado. Vai ser traumático. Existiam planos em comum, vida em comum, pensamentos em comum. Personalidades que se moldaram um ao outro e acabaram se misturando de tanto que combinavam, sendo iguais ou não.

Se é que pode servir de consolo:

“Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés”

 
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Publicado por em 16 de julho de 2015 em Guerra dos Sexos